quarta-feira, 18 de novembro de 2009

VIVENDO UM POUCO DA REALIDADE DOS GRUPOS- EJA

Fomos fazer entrevista com uma turma de alfabetização de adultos na escola Ayrton Senna. Fiquei encantada com aquelas pessoas.Trabalhadores, mesmo depois de um dia de luta, não deixam de ir a escola. Quando chegamos, nos apresentamos, e lançamos a proposta para eles.Um deles nos questionou, a finalidade do trabalho.Foi muito bom perceber que aquelas pessoas além de aprenderem o código linguístico, estão sendo estimulados a questionar, a não aceitar as coisas sem lutar pelos seus direitos.
Entrevistei um senhor, quando perguntei que tipo de aula que ele mais gostava, se era fora da sala de aula, ele logo falou- Não tem como aprender sem estar na sala, escrevendo.Estas palavras me chamaram a atenção.Eles percebem a construção da aprendizagem somente através da escrita, dos bancos escolares.
Entrevistei uma senhora de 53 anos, que me falou que a melhor coisa do mundo era estudar, poder pegar um ônibus e saber ler para onde ele vai.Lembrei do documentário de Paulo Freire, nele teve um relato, dando importância a esse fato.Parece uma coisa tão simples que para eles tem muito significado, uma maior autonomia.

sábado, 14 de novembro de 2009





Nas reflexões sobre o planejamento,pude conhecer os grandes pedagogos,Maria Montessori que propunha uma educação mais individualizada, focada na criança, com o uso do material concreto.

e Celestíno Freinet,que prima por uma pedagogia social, onde a escola forma cidadãos para o trabalho livre e criativo.

Cada atividade era um trabalho útil e criativo, decidido e organizado coletivamente pelos estudantes, valorizando a livre expressão dos alunos, onde a criança é o centro de sua própria educação.
Acredito muito que para termos uma educação de qualidade precisa ser emergida de vivências significativas, onde o educando construa seu conhecimento através da ação, sendo parte atuante nesse processo.
Quando trabalhei o projeto do desenvolvimento dos seres vivos, ao invés de mostrar a metamorfose em forma de gravuras, textos,as crianças vivenciaram esse processo, este momento foi o dia que demos liberdade a nossas amigas.Foi lindo! Tinha umas vinte.Logo que foram soltas permaneceram em volta das crianças, uma pousou na mão de uma delas.

“As crianças, movimentando-se, deslocarão mesas e cadeiras, provocando barulho e desordem. Tudo isto se fundamenta na crença de que a criança deve crescer na imobilidade, e no exótico preconceito de que é necessário manter uma posição especial para que a educação se verifique proveitosa” (Maria Montessori – Pedagogia Científica, 1926)
As minhas aulas são repletas de barulho, pois não acredito em aprendizagem sem trocas, questionamentos, reflexões.Não temos uma disposição das classes sempre da mesma forma: sentamos em grupos, em círculo, trios, formando letras do alfabeto,as vezes usamos o chão como classe.







segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Como imagina que seria uma proposta de aula interessante para eja?

Que remeta aspectos relevantes para essa realidade de educando;
Que eles possam compreender seu meio e propor mudanças;
Que as aulas partam do interesse de grupo;
Que eles possam interagir em seu meio como pessoas ativas e formadoras de opinião;
Que possam sentir no professor um amigo que está ali para ajudá-los, mediando sua aprendizagem;
Que faça a diferença em sua vida o conhecimento adquirido com o grupo;
Que ele não se sinta em um ambiente onde o erro seja apontado como um "certificado de burrice", e sim, uma forma de reconstrução de pensamento, tornando-o um erro construtivo;
O que diferencia esse projeto de um PA?
Acredito que seja o fato do Projeto, não partir de uma pergunta norteadora, e sim, de um assunto específico.Com o PA, a criança passa a ter que procurar estratégias para descobrir respostas.Com o Projeto, por mais que parte do interesse da criança, que propicie muito estímulo , o professor o redireciona de acordo com o que acha pertinente para a construção da aprendizagem de seu aluno.