segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

VIVÊNCIAS COM O PRIMEIRO ANO


Olha que fofos!
Procuro propor atividades que vá ao encontro das espectativas da turma. A criança aprende através da interação com o meio.
Tivemos muitas aventuras no decorrer deste ano. Essa foto foi um teatro que apresentamos para os segundos e primeiros anos da escola
e também para os pais que tem participado efetivamente de todas as propostas pedagógicas . A peça foi: O coelhinho que não queria estudar. Ele se mete em muitas confusões por não saber ler. É muito interessante o conteúdo e trata da realidade das turmas em questão.
Penso que a expressão é muito importante, procuro estimular constante mente através da dança, do teatro, até mesmo na entrega de recados. No início do ano a direção falava para que eu mandasse um bilhete, pois muitas vezes eles não conseguiam se fazer entender, custei a fazer com que a escola compreendesse que eram etapas e precisamos ajudá-los e um bilhete não estará colaborando. Com o tempo as crianças foram desenvolvendo uma autonomia tão grande que quando pediam algo e não tinha, eles mesmos optavam por outro material, solucionando o problema.
Fiquei tão feliz de um comentário feito pela professora que tem contato uma vez por semana com eles ( Filosofia) __ Como a turma da professora Simone é criativa, posssui uma autonomia que não encontramos nos outros primeiros anos. Fiquei tão feliz com o resultado e orgulhosa dos meus pequenos.
Acredito que precisamos ter outra postura para ajudarmos nosso aluno no primeiro ano. Muitos professores estão apenas achando que deixarem as crianças brincarem é o importante. É fundamental o lúdico em todas as etapas do ensino fundamental, mas precisamos propor vivências significativas onde eles possam experiênciar e construir uma visão de mundo de acordo com a compreensão deles e não o que acredita o professor.
A construção do conhecimento sendo fundamentada na interação que a criança faz com o meio, a reconstrução feita pela visão que tem, através de vivências significativas. Partindo de assuntos do interesse dos alunos, onde a ideias da aprendizagem se dá somente quando o professor a transmite é totalmente equivocada, principalmente quando acreditamos que ela só é possível na imobilidade, criança é movimento, e é através dele que se revela.
Acredito que os pais querem se fazer presentes na caminhada escolar dos filhos, mas não sabem de que forma agir, pois muitas vezes a própria escola atrapalha esse processo, colocando barreiras para essa aproximação, tendo dia e hora pré estabelecidas. Por mais que exista normas, os pais precisam participar e sentir-se acolhidos pela escola, para que possamos fazer um trabalho integrado, visando não apenas o cognitivo, mas o lado afetivo.
Precisamos construir laços desde o início do ingresso da criança no núcleo escolar, não apenas com ela, mas com a instituição familiar na qual faz parte. Quando temos esse apoio tudo flui melhor, essa parceria pode auxiliar em transformações muito importantes para toda a comunidade. Quando propormos uma educação, onde a família possa realmente participar ativamente, dando idéias, ajudando em tudo o que a escola realmente precisa, teremos uma nova realidade. Seria demagogia acreditar que teríamos cem por cento de participação, mas da forma em que está não pode continuar, não podemos fechar os olhos para uma problemática dessa dimensão, onde no primeiro ano, temos menos da metade dos pais presentes em uma reunião, como será quando estiverem no final do Ensino Fundamental, porque isso é fato, diminui gradativamente a participação à medida que a criança vai indo para os anos seguintes, quando tiverem terminando o Ensino Fundamental, isso se não parar no meio do caminho, se a família não estimula, eles acabam desmotivando-se.
Quando conseguirmos que a família se comprometa e participe da educação integral de seu filho, nesse dia, estaremos caminhando para um mundo melhor, onde exista pessoas menos individualistas e mais humanas, capazes de olhar o outro, como gostaria de ser visto, deixando de imperar o egoísmo e a ganância para imperar o respeito e o amor ao próximo. Os maus exemplos deixam marcas que podem durar para sempre, e se no seio familiar essa criança não encontra, carinho, mas somente humilhação, refletirá em suas ações. Como o professor poderá falar para ela que isso ou aquilo é errado se é dessa forma que é tratada. Fica muito difícil para a escolar, pois ela não avançará se seu lado afetivo estiver comprometido.

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